Porém, o principal temor da torcida se concretizou. Com o rendimento de Kaká muito abaixo do esperado, a seleção sofreu mais do que deveria para criar alguma jogada de perigo. O deficiente meio de campo do time de Dunga demorou para vencer o forte esquema defensivo montado pelos norte-coreanos.
No primeiro tempo foram poucas chances de gol, sendo que nenhuma delas chegou a ser realmente perigosa. A maioria das jogadas brasileiras terminava com um chute de fora da área. Robinho, Elano e Michel Bastos foram os que mais arriscaram. O atacante, inclusive, foi o que mais se movimentou e tentou partir para cima dos zagueiros adversários.
Enquanto isso, a Coreia chegou a assustar mais de uma vez com a velocidade do atacante Jong Tae-Se, o “Rooney Asiático”, que obrigou os zagueiros a trabalharem. Dessa forma, as equipes foram para o vestiário sem tirar o zero do placar do Ellis Park.
Na segunda etapa, o Brasil voltou um pouco mais agressivo. Na única jogada de movimentação, veio o gol, aos 10min. Maicon recebeu grande passe de Elano pela direita e, quase sem ângulo, chutou forte. A bola fez curva e entrou direto no gol. Aos 26min, um lindo passe em profundidade de Robinho para Elano resultou no segundo gol brasileiro.
Logo em seguida, Dunga fez a primeira alteração: saiu Elano e entrou Daniel Alves. A segunda alteração foi uma surpresa, um atacante no lugar de um meia: Nilmar no lugar de Kaká, que não estava bem na partida. Para completar, o técnico ainda tirou Felipe Melo e colocou Ramires.
Embora a equipe tenha ganhado em velocidade com as alterações, isso não se refletiu em mais gols. Pelo contrário, quem marcou aos 44min foi a Coreia do Norte. Yun-Nam recebeu lançamento, invadiu a área do Brasil e bateu forte no canto esquerdo de Julio César, selando o resultado.
Dessa forma, o Brasil lidera o grupo G do Mundial, com três pontos. Portugal e Costa do Marfim estão em segundo, com apenas um ponto, já que empataram por 0 a 0. O Brasil enfrenta os africanos no dia 20, às 15h30, pela segunda rodada da chave.
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