Bicampeã mundial (1930 e 1950), a seleção uruguaia terá a torcida de 3,5 milhões de pessoas em seu país, que ocupa 176.215 km² na América do Sul. Duas vezes vice (1974 e 1978), a Laranja terá mais gente em um espaço menor: 16,5 milhões na área de 41.526 km². Na outra semifinal, quarta-feira, dois gigantes estarão frente a frente em Durban: Alemanha (82 milhões em 357.031 km²) e Espanha (46 milhões em 504.782 km²).
Um país tão pequeno como o nosso... entre os quatro melhores. Mas não estamos satisfeitos só com isso – disse o técnico Bert van Marwijk.
O treinador do Uruguai, Oscar Tabárez, também cita o tamanho de seu país para enaltecer ainda mais o feito da Celeste, que volta a fazer parte do seleto grupo de semifinalistas do Mundial (a última vez havia sido em 1970).
- Nós somos um pequeno país de apenas 3,5 milhões de habitantes. Há muitos países em que o número de jogadores de futebol é maior que toda a nossa população – comparou.
A seleção holandesa é a única com 100% de aproveitamento até aqui na Copa. E tenta igualar um feito de apenas quatro países no Mundial: ser campeã vencendo todos os jogos. Em 1930 e 1938, Uruguai e Itália ganharam suas quatro partidas. Em 1970, o Brasil venceu as seis que disputou. A seleção canarinho é a única com sete vitórias desde que o torneio passou a ter mais confrontos, na campanha do penta em 2002. Após eliminar a equipe de Dunga nas quartas, a Laranja é apontada como favorita. Mas dispensa o rótulo.
- Na fase de grupos sempre fomos favoritos, nunca fomos o time pequeno. Contra o Brasil foi o inverso. Agora, temos que jogar o melhor possível, jogar nosso futebol. Não queremos nos distrair – afirmou Van Marwijk.
Sem De Jong e Van der Wiel, suspensos, o técnico holandês deve escalar De Zeeuw e Boulahrouz na equipe. O zagueiro Mathijsen, recuperado de lesão sofrida no aquecimento antes do jogo com o Brasil, também deve aparecer entre os titulares, no lugar de Ooijer.
No Uruguai, Tabárez diz se sentir como um penetra numa festa. Afinal, sua equipe está contrariando todos os prognósticos ao chegar à reta final do Mundial da África do Sul. Por isso, joga o peso da obrigação de vencer para o outro lado.
- Pelas projeções feitas, é evidente que a Holanda é favorita. Temos antecedentes históricos, mas que aconteceram há muito tempo atrás. Mas temos sonhos. Se não os tivéssemos, não teríamos chegado até aqui.
Tabárez só vai confirmar a escalação momentos antes da partida. O zagueiro Lugano torceu o joelho direito contra Gana, pelas quartas de final, e corre risco de não jogar. Nesse caso, Godín assumiria o posto. Na lateral-esquerda, Cáceres deverá ser titular, substituindo Fucile, que está suspenso.
Quem também levou gancho é o atacante Suárez. Ele foi expulso contra Gana por defender com as mãos, sobre a linha fatal, cabeçada de Adiyiah, no último minuto da prorrogação. Na cobrança no pênalti, Gyan mandou no travessão. Por causa do lance, Suárez foi promovido a herói nacional. E mártir, pois não poderá enfrentar a Holanda. Cavani será adiantado para atuar ao lado de Forlán no ataque. No meio, entra Gargano.
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