sábado, 8 de agosto de 2009

Fluminense e Bahia de Feira

Clubes feirenses vivem momentos distintos

Por Reginaldo Lima*

O único mandatário do Bahia de Feira, o empresário e cartola, Jodilton Souza, que era o principal responsável pela EJE ( Empresa que administrou o Fluminense de Feira por pouco mais de um ano), disse que se o Touro do Sertão não se transformar em LTDA, ou seja, numa empresa e vender algumas ações para que alguns empresários assumam profissionalmente o clube, a grande tendência é a falência.

Para Jodilton, o Fluminense é a maior marca que tem em Feira de Santana e que é preciso que as pessoas entendam isso.

O cartola falou também que não abandonou o Fluminense, mas teve que se afastar por conta das pressões que vinha sofrendo de várias pessoas, uma vez que o conselho deliberativo do clube é dividido politicamente, além de outras situações muito difíceis como as dividas trabalhistas e tributárias, falta de receita, a média de publico nos jogos do Fluminense era baixa em torno de 1500 a 2000 e ainda por cima uma parcela da torcida torce contra para ficar criticando e atrapalhando aqueles que querem o bem da entidade.

A EJE esperou o final do campeonato baiano para desfazer a parceria com o Fluminense, e a preocupação foi em apresentar suas prestações de conta para uma comissão fiscal junto com parte da diretoria que continua no Touro.

De acordo com Jodilton a EJE gastou uma boa quantia de dinheiro no Fluminense e sabe que não vai ter mais esse valor de volta, mas não se arrepende, muito pelo contrario, esperava ter ajudado mais ainda o Tricolor de Feira.

Porem era difícil, considerando o atual modelo de administração do Fluminense, que para ele, se não mudar esse modelo caótico vai ser difícil o clube encontrar o caminho do sucesso. Jodilton disse torcer para que tudo corra bem no Fluminense e que futuramente junto com o Bahia de Feira possam reviver um dos velhos clássicos do futebol da Bahia.

Bahia de Feira deverá ter o patrocínio da Lotto

O cartola se mostrou chateado com as conversas sem fundamentos, de que o Bahia de Feira passaria a se chamar Real Fan, ele se mostrou tão surpreso com tamanha bobagem e mandou um recado para os criadores, do que ele chamou de boatos e alertou que não existe a menor possibilidade que isso aconteça e fez questão de ressaltar o orgulho do Bahia de Feira ser chamado hoje de Bahia B.

Só para lembrar, Jodilton nunca escondeu seu amor ao homônimo da capital. Agora, ele comemora a parceria com o tricolor da capital e também o possível patrocínio da Lotto, empresa italiana que patrocina somente as equipes das séries A e B, mas que graças ao marketing do Esporte Clube Bahia, as chances que o patrocínio com o de Feira dê certo são muito grandes.

Entre vários pontos da parceria Bahia da capital e Bahia de Feira, é que todos vão trabalhar para o da capital subir para a série A, e quando isso acontecer o projeto é colocar o Bahia de Feira na série B do campeonato brasileiro até 2012.

Ainda sobre a parceria, Jodilton disse que já sentou com Marcelo Guimarâes Filho, presidente do Bahia, Paulo Carneiro, gestor de futebol, Bonerges, e Newton Mota, coordenador das divisões de base e já traçaram todos os planos para o futuro, dentre eles as peneiras que serão coordenadas por Mota e que vão selecionar jogadores para o Bahia da capital e do interior ou Bahia A e B.

Jodilton observou que na posição em que o Bahia da capital já tiver um atleta, aquele jogador passa para o de Feira. Na disputa do campeonato baiano da segunda divisão o Bahia da capital emprestou seis jogadores ao de Feira, dentre eles o volante Willames que tranquilamente poderia ser até titular na série B, deste ano.

Para a taça Governador do estado, caso aconteça, vários jogadores do tricolor de aço vão defender o Tremendão, como é chamado o Bahia de Feira.

O Bahia de Feira não terá diretoria e sim departamentos, como: o de Fisiologia e educação física, comandado pelo preparador físico Michel; o departamento técnico ficará a cargo de Nazareno Silva; Tiago Souza responsável com a parte de futebol; e Jodilton com o de patrimônio.

No que se refere ao patrimônio, ele fez questão de dizer que em dois anos deixará pronta toda infra-estrutura do Bahia de Feira e da Fan (Faculdade Nobre).

O projeto da área próximo do clube de campo cajueiro está pronto e conta com as seguintes construções: um teatro com capacidade para 1000 lugares; um hotel, com 30 suítes, que vai abrigar tanto os atletas do Bahia de Feira quanto ao público; um centro de saúde, com três andares, com clinica de fisioterapia, consultórios de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, academia com 580 m² para atender o Tremendão e a Faculdade; quatro prédios com alojamento para 120 atletas e dependências especiais; três campos de futebol, sendo que um deles será de grama sintética e os outros dois de grama natural. As obras começam no mês de setembro, deste ano e a previsão de entrega é de dois anos.


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